Ser Pastor

Construção de Significados na Trajetória de Vida sob a Perspectiva da Psicologia Cultural Semiótica (PCS)

Resumo

Este estudo buscou compreender a experiência do tornar-se pastor, através da análise dos significados ocorridos ao longo das rupturas e transições na trajetória de vida de um pastor presbiteriano, expressas em uma autobiografia, sob a perspectiva dos pressupostos da Psicologia Cultural Semiótica – PCS (Valsiner, 2000; 2012). Rupturas e transições são períodos durante os quais o indivíduo define novas identidades e habilidades, durante sua trajetória de vida, construindo novos significados sobre essa experiência (Zittoun, 2006a; 2006b). As tomadas de decisões que envolvem os diferentes processos do tornar-se pastor são inerentemente relacionadas ao sujeito, ou seja, ser pastor é algo que só existe na pessoa (itálico nosso). Desse modo, a pessoa nunca pode ser tomada como algo separado, como um “fator” ou “categoria”, mas como uma totalidade. Na trajetória de vida do pastor Eugene Peterson foram identificadas rupturas variadas e marcantes, sendo que duas foram apontadas no presente estudo. O que demonstra que a vida do pastor não é algo reto, perene, mas constituída de sobressaltos, muitas vezes qualitativos.